AFRÂNIO: Um solo em decomposição
Afrânio,
solo conduzido pelo conto homônimo de Fernando Marques Freitas, compreende
arranjo de atuações não mediadas, forjado na textura de um palimpsesto
ocorrente em tempo e espaço impermanentes. Propelido por tentativas de, a
partir da pulsão psicofísica, se gerar por todo o organismo do atuante, até
chegar ao organismo do espectador, e do retorno deste àquele, em contínuo, se
vale da troca de percepções entre tais agentes. Por esse palimpsesto, associações
subjetivas deliberam alternativas de operacionalidade objetiva, tentando
deflagrar poética expressiva lábil. Em dinâmica composta por voz, movimento,
oralidade e gesto, vão-se acionando encadeamentos sobrepostos nas funções e
estruturas interna e externa de um si-mesmo alheado de si mesmo, desconcentrado
por lutar em estar atento, tendentes a encontrar novos e riscos do ser-terra
untado ao ser-éter, por ligames onde morre a morte para assim serem unas a dor
e a alegria. O trabalho se sustenta pelo treinamento psicofísico baseado em
artes marciais e meditativas estudadas em prática e teoria, pelo GITA (CNPq), e
na Mímica Corporal Dramática, com objetivo de intensificar potências
pré-expressivas, agenciamento, esforços psicofísicos e deslocamentos vários e
cumulativos de percepção.
FICHA TÉCNICA:
Conto Afrânio - Fernando Marques
Conto adicional Fé, essência e outras bobagens - Marcos Bagno
Música Afrânio (composição e execução) - Marcos Cohen
Direção: Cesário Augusto e GITA
Atuação: Cesário Augusto
Cenografia - Aníbal Pacha
Iluminação - Sônia Lopes
Figurino - Cesário Augusto
Cartaz - Cesário Augusto
Fotografias: Brida Carvalho
Agradecimentos: Sônia Lopes, Aníbal Pacha, Denis
Oliveira, GITA, CNPq (Edital Universal), ETDUFPA, TUCB, PPGARTES, Davi Almeida...